O vilarejo no Japão em que 80% dos resíduos produzidos são reciclados

A cidade de Kamikatsu, no Japão, quer reduzir a zero a produção de lixo até 2020

Desde 2001, sabendo que a ilha tem muito pouco espaço para aterros sanitários, a população decidiu diminuir a taxa de incineração de resíduos domésticos criando o programa Zero Waste Academy.

Kamikatsu é um pequeno vilarejo com cerca de 2 mil habitantes, que começou a separar resíduos em 34 tipos diferentes. Esse material é levado até postos de coleta, onde éencaminhado para reciclagem ou se transforma em artesanato nas mãos dos agentes de reciclagem. 

Todo esse ciclo – que se deve em grande parte ao empenho coletivo – resulta na taxa de 80% de reciclagem da cidade.

Além disso, a cidade criou a loja “Kuru-kuru”, que tem uma dinâmica bem interessante de funcionamento. 

Quem passa por ali tem direito de levar qualquer item que escolher para casa, contanto que deixe algo no local em troca. 

O mais legal é que o programa realmente inspira. Três outras cidades no Japão – Minamata, Oki e Hayama – já anunciaram que estão seguindo o modelo de reciclagem de Kamikatsu.

Veja o vídeo (em inglês) e entenda essa dinâmica de trabalho:

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Todas as imagens: Reprodução YouTube/zerowasteacademy via: ecodesenvolvimento

O incrível tapete amarelo formado pelas folhas caídas de uma árvore com mais de 1400 anos

As árvores de ginkgo já existiam há mais de 150 milhões de anos, tendo convivido com dinossauros e diversas mudanças climáticas sem sofrer grandes alterações em sua forma. 

Hoje, apenas uma espécie do gênero ainda persiste: é a ginkgo biloba, uma árvore de origem chinesa que chega a ser considerada como um verdadeiro fóssil vivo, graças às suas origens antigas.

Se não bastasse e espécie ter resistido ao tempo, um exemplar específico também está mostrando uma incrível resistência. Se trata desta árvore de 1.400 anos plantada no pátio do templo budista Gu Guanyin, nas montanhas Zhongnan, na China.

Todos os anos durante o outono as folhas da árvore caem, formando um tapete amarelo no pátio do templo. 

O espetáculo atrai milhares de visitantes ao local, curiosos para ver essa manifestação única da natureza em perfeita harmonia com o espaço.


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Todas as fotos via



Mobilização pelo Clima 2015 acontece em SP

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De Sydney a Berlim, de Paris a São Paulo — cidadãos de todas as partes irão às ruas em torno de uma causa comum: nosso planeta! Um dia antes dos líderes mundiais se reunirem na Conferência do Clima de Paris, realizaremos a maior mobilização de clima da história.
Música, instalações, performances artísticas, coletivos nas ruas, tudo isso e muito mais no dia 29 de novembro. Os negociadores precisam saber que as pessoas estão agindo e querem ação imediata.
Convidamos a todas e todos para se reunirem conosco na Mobilização Mundial pelo Clima na Avenida Paulista.
Programação:
11h às 14h – Concentração no vão livre do MASP com intervenções culturais e educativas.
14h – Passeata em direção ao Parque Ibirapuera.
Vem ser parte da solução você também!
Em caso de dúvidas, envie um e-mail para saopaulo@mobilizacaopeloclima.com.br
PARTICIPE
Junte-se a nós para fazer do dia 29 de novembro a maior mobilização pelo clima da história!
Torne-se um parceiro da Mobilização Mundial pelo Clima
A “Mobilização Mundial pelo Clima – São Paulo” é organizada por um grupo que não para de crescer e que já inclui mais de 40 organizações organizações, trabalhando juntas para exigir que os líderes mundiais tomem medidas concretas contra as mudanças climáticas.
Caso represente uma organização e queira fazer parceria, clique aqui e preencha nosso chamado de organizações.
Seja voluntário
Você pode coordenar projetos e ações com as pessoas que você quiser: com as pessoas do seu bairro ou amigos que tenham os mesmos hobbies, passatempos ou interesses. Forneceremos ferramentas para ajudar na comunicação e organização dos eventos. Para se inscrever como voluntário e obter todas as informações necessárias, clique aqui.
Visite-nos em São Paulo
O ponto de apoio da Mobilização Mundial pelo Clima fica na Rua Simão Álvares, 784, Casa 01, Vila Madalena (Zona Oeste) — São Paulo.
Estamos abertos para visitação diariamente, mas para ajudar na organização da agenda, preferimos que nos visitem entre os seguintes horários: terças-feiras das 9h às 13h e quintas-feiras das 13 às 17h — venha pegar folhetos e cartazes e ajudar a promover a mobilização!
PERGUNTAS FREQUENTES
Nesta seção, você pode encontrar respostas para as perguntas mais frequentes em relação à Mobilização Mundial pelo Clima.

O que é a Mobilização?

A Mobilização Mundial pelo Clima é um ato global que acontecerá em mais de 1500 cidades ao redor do mundo no final de semana anterior à Conferência de Clima de Paris. Milhares de pessoas tomarão às ruas em uma manifestação em defesa do planeta.
Quando vai ser?
A mobilização ocorrerá no final de semana do dia 28-29 de novembro, sendo que as atividades principais ocorrerão no dia 29 de novembro, domingo, um dia antes da conferência do clima começar.
Quem está organizando?
No Brasil, dezenas de organizações estão envolvidas – o foco principal será São Paulo, mas haverá mobilização em outras cidades também. Dentre as entidades envolvidas na mobilização, estão a Avaaz, Engajamundo, Greenpeace, Bike Anjo, GCCA, Aliança Resíduo Zero, etc. Uma lista completa de organizações pode ser vista aqui.
Por que o dia 29 de novembro?
O dia 29 de Novembro, a véspera do início da COP 21, foi escolhido por pessoas em organizações em todo o mundo para a realização de uma grande Marcha pelo Clima, que ocorrerá em dezenas de países. De São Paulo a Berlin, de Nova York até Jakartha.
A proposta é estarmos nas ruas para mostrar a importância e a relevância dos Movimentos Climáticos aumentar a pressão sobre as negociações da COP, e ao mesmo tempo, demonstrar, de maneira divertida e consciente, que todos nós fazemos parte da solução e  vamos fazê-las acontecer, independente dos resultados das negociações.
Quem pode participar e como?
Essa é uma mobilização feita por milhões de pessoas para as pessoas, ou seja, todos podemos participar!
Se você quer fazer parte da solução, basta levar suas causas e apoiar os movimentos que estarão nas ruas pode levar para as ruas a sua solução (em produção).
O que é a COP21?
A COP21 é a Conferência de Clima da ONU que acontece anualmente e é sediada pelo Ministro do Meio Ambiente do país onde ela será realizada. Em 2015, vai acontecer em Paris, dos dias 30 de novembro a 11 de dezembro. Durante esses dias, é esperado que os países cheguem a um acordo global que garanta um limite de 2ºC para o aumento da temperatura do planeta. Além disso, esse encontro reúne os 197 países membros da ONU, tem como objetivo diminuir as emissões de gases de efeito estufa para diminuir os efeitos das mudanças climáticas. Leia mais aqui.
Onde mais acontecerá a mobilização?
A mobilização vai acontecer em São Paulo e dezenas de outras cidades no mundo. No Brasil, há mobilizações programadas para as seguintes cidades: Rio de Janeiro, Porto Alegre, Brasília, Fortaleza, Manaus, Salvador, Curitiba e Florianópolis. Procure por sua cidade ou região aqui.
O que está em jogo?
Basicamente está em jogo o futuro da humanidade no planeta. Os efeitos das mudanças climáticas já são sentidos neste momento por diversas comunidades ao redor do mundo. Por exemplo, a República do Kiribati, um arquipélago localizado na região da Polinésia, no Oceano Pacífico, está ameaçado de desaparecer pela elevação do nível dos oceanos devido às mudanças climáticas.  
Aqui mesmo, no Brasil, já estamos sofrendo com eventos climáticos extremos, como secas prolongadas ou chuvas de grande intensidade, que são intensificadas pelas mudanças no clima e que, em geral, afetam as populações mais pobres.
Quanto à água, o que está em jogo é o abastecimento  em várias regiões urbanas, que está ameaçado por estiagens mais prolongadas. 
Em outras regiões, aumentam os riscos de inundações. A elevação do nível do mar ameaça as comunidades costeiras, enquanto que os lençóis subterrâneos que abastecem grande parte das cidades litorâneas podem ser contaminados por águas salgadas, reduzindo ainda mais a disponibilidade e a qualidade hídrica.
O fornecimento de energia também está em jogo. Menos chuvas em algumas regiões do Brasil podem afetar seriamente a quantidade de água disponível nas hidrelétricas, responsáveis por 85% da geração de eletricidade no Brasil. Isso na prática já está acontecendo no país.
Outro aspecto muito preocupante é a agricultura, que pode ser seriamente afetada pelas mudanças climáticas. Feijão, soja, trigo e milho são algumas das culturas que podem ser seriamente afetadas, tendo suas áreas de produção reduzidas e sendo obrigadas a se deslocar para regiões mais frias.
SAIBA MAIS

EcoLog 590D: o exterminador do futuro versão meio-ambiente

trator ecolog devorador de árvores
EcoLog 590D: o tanque que devora uma árvore inteira a cada 25 segundos
Houve um dia em que as florestas eram desmatadas por seres humanos munidos de uma ferramenta bastante antiga: seus machados. Os lenhadores, porém, são coisa do passado. A moda agora é demolir florestas em série, em alta produtividade. Afinal, tempo é dinheiro e a economia precisa girar – mesmo que seja as custas do meio-ambiente.
Este trator é um monstro que pesa mais de 9 mil quilos e conta com esteiras de tanque e serras enormes. Com um guindaste, ele faz com que o trabalho de anos da natureza seja eliminado em poucos segundos.
EcoLog

EcoLog 590D: o trator destruidor de árvores

O trator, que parece um primo distante do Exterminador do Futuro, recebeu o nome de EcoLog 590D. Ele foi projetado para cortar árvores em terrenos acidentados, e picá-las como se fossem um palmito na sua salada. Seus pneus de borracha podem ser envoltos em esteiras de tanque para ter uma tração adicional, e as rodas dianteiras vêm com uma opção de equilíbrio que pode içar a máquina a alguns metros extras no ar.

Acredite se quiser…

A empresa responsável por esta beleza de máquina sustenta a posição de que está comprometida com o meio-ambiente – afinal, muito provavelmente, o foco desta tecnologia é madeira de reflorestamento. Aí eu te pergunto: imagina se não estivesse? [Gizmodo]

Meliá Hotels é incluída na lista das 113 companhias com melhor performance em gestão ambiental




A Meliá Hotels International foi reconhecida como uma das redes hoteleiras com melhor desempenho em gestão ambiental. 
A empresa foi incluída na lista de 133 companhias que possuem maior grau de transparência em mudanças climáticas.
A lista foi desenvolvida a pedido de 822 investidores que representam mais de um terço do capital investido do mundo. 
O CDP (Carbon Disclosure Program), ONG que orienta economias sustentáveis, avaliou milhares de empresas, e apenas 5% conseguiu um lugar na “List”, que reconhece seus esforços para reduzir emissões e abrandar as mudanças climáticas no último ano.
A Meliá obteve uma pontuação de 99A de 100A, a melhor em sua história. No período de 2012 a 2014, a companhia reduziu suas emissões de CO2 em 9,5%, graças ao SAVE, um programa internacional que promove a economia e o uso eficiente de recursos naturais nos hotéis.
“As mudanças climáticas são um dos maiores desafios que enfrentamos atualmente, e é por isso que a gestão ambiental é essencial para nosso planejamento e para as estratégias de investimento”, afirma Gabriel Escarrer, vice-presidente e CEO da rede hoteleira. 
“Sermos reconhecidos como líderes no mundo todo por uma terceira parte independente ajuda a fortalecer ainda mais nosso compromisso em combater esse desafio e melhorar nosso posicionamento para o crescimento e operação bem-sucedida em uma economia de baixo carbono”, finaliza.
A “List” do clima foi divulgada no relatório global e anual de mudanças climáticas do CDP e no Relatório de Mudanças Climáticas do CDP 2015 Edição Ibéria, três semanas antes da COP21, a conferência de mudanças climáticas da ONU, em que líderes nacionais reúnem-se para buscar medidas para reduzir as emissões de carbono, limitando o aumento da temperatura mundial.

O Direito Internacional da Sustentabilidade e a COP21

Eduardo Felipe Matias é Doutor em Direito Internacional pela USP, com pós-doutorado na Espanha pela IESE Business School da Universidade de Navarra, e sócio responsável pelas áreas empresarial, internacional e de sustentabilidade do escritório Nogueira, Elias, Laskowski e Matias Advogados (NELM). 

É também mestre em direito internacional pela Universidade de Paris e foi visiting scholar na Columbia University, em Nova York. Autor de 

“A Humanidade e suas Fronteiras: do Estado soberano à sociedade global”, ganhador do Prêmio Jabuti na categoria Economia, Administração, Negócios e Direito, em 2014 publicou seu novo livro, 

“A humanidade contra as cordas: a luta da sociedade global pela sustentabilidade”.



Eduardo Felipe Matias é Doutor em Direito Internacional pela USP, com pós-doutorado na Espanha pela IESE Business School da Universidade de Navarra

Nesta entrevista, ele analisa aquela que julga ser uma das maiores tendências mundiais surgidas no último quarto de século – a sustentabilidade – tema no qual o advogado, que já publicou uma centena de artigos em diversos meios de comunicação, é uma das principais referências no País. 

Aqui, ele discute a influência que essa tendência tem sobre o mundo jurídico, que estaria assistindo ao surgimento de um novo ramo, o Direito Internacional da Sustentabilidade, e a postura do Brasil em relação a esses assuntos. 

“O Brasil poderia se propor a assumir um papel de protagonista, o que não vem fazendo” diz o especialista.

Veja a entrevista completa.

1 – O senhor diz que o Brasil não tem bom desempenho nas duas grandes tendências surgidas nas últimas décadas: a globalização e a sustentabilidade. Especificamente sobre a segunda, qual vem sendo a postura do Brasil?

A sustentabilidade é uma megatendência porque representa uma mudança que acaba por se tornar um imperativo estratégico incontornável. 

O aumento da demanda e a crescente escassez de recursos fez surgir um “funil da sustentabilidade” que vem se estreitando a cada dia.

Algumas empresas brasileiras já perceberam que quem passar antes por esse funil não só vai garantir sua sobrevivência em um mundo em que as práticas mais sustentáveis se tornarão obrigatórias, mas também irá usufruir dos benefícios de ter se adaptado primeiro a essas transformações.

Nosso Estado precisa estar em sintonia com essa realidade, o que nem sempre acontece. Este deve fornecer os sinais corretos para o setor privado, o que acontece quando, por exemplo, estabelece limites mais rigorosos para as emissões, estimulando inovações e investimentos em tecnologias verdes. 

Há vários instrumentos à disposição do Estado para isso, como a tributação, que permitiria precificar o carbono, algo que se torna cada dia mais imprescindível.

2 – Com isso deixaríamos de perder oportunidades?

Sem dúvida. O mesmo raciocínio que se aplica às empresas vale para as nações. Aquelas que saírem na frente evitam os riscos de ficar para trás e podem ter ganhos significativos.

Neste caso, mais uma vez, no plano internacional, o Brasil poderia se propor a assumir um papel de protagonista, o que não vem fazendo. 

Caso a sustentabilidade se consolide como imperativo, nosso País possui características naturais que lhe assegurariam grande vantagem competitiva. Ou seja, temos condições de atravessar mais rapidamente o funil da sustentabilidade e, feito isso, teríamos até interesse em que as paredes desse funil se estreitassem. 

Por isso entendo que nossa postura deveria ser de ponta, liderando o movimento da comunidade internacional para, por exemplo, a adoção de um acordo global efetivo de combate às mudanças climáticas.

3 – A sustentabilidade é um fenômeno que se reflete também no mundo do Direito?

Sim. Da mesma maneira como ocorre com a globalização, que foi acompanhada da proliferação de regras internacionais e transnacionais de promoção do livre comércio e proteção de investimentos, a sustentabilidade conta cada vez mais com instrumentos destinados a assegurá-la. 

E é possível afirmar que o direito que surge como resposta aos desafios relacionados ao desenvolvimento sustentável claramente possui conceitos, normas, instituições e princípios específicos, o que permite inclusive que se fale no surgimento de um sistema jurídico próprio, um novo ramo do direito, o “Direito Internacional da Sustentabilidade”, que não pode mais ser ignorado.

4 – Como se dá o nascimento desse novo ramo do Direito?

Surge por meio de uma confluência de agentes e fatores. As grandes conferências internacionais da ONU sobre desenvolvimento sustentável, como aquela que deu origem à Convenção do Clima, dão grande aporte. 

Mas também o fazem os diversos documentos internacionais abordando outros aspectos da sustentabilidade – lembrando que esta vai muito além da área ambiental – como os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável aprovados em setembro na ONU, que tratam, entre outros temas, de erradicação da pobreza, redução das desigualdades, condições decentes de trabalho e consumo e produção responsáveis.

Atores transnacionais da sociedade global, como as organizações não-governamentais e as empresas, dão uma contribuição valiosa para que o Direito Internacional da Sustentabilidade floresça – processo, aliás, que é muito parecido àquele de desenvolvimento da lex mercatoria e do Direito do Comércio Internacional, no qual a participação dos atores privados foi essencial.

Além disso, há o papel da jurisprudência. 

Nesse sentido, vale citar uma inédita sentença recente de um tribunal holandês que, apoiada na obrigação de respeitar o desenvolvimento sustentável como princípio, assumida pelo Estado em acordos internacionais, ordenou que este aja para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. 

Ora, caso esse entendimento pelo judiciário se consolide, as práticas dos Estados contrárias a esse princípio poderiam ser passíveis de litígio, o que aumentaria a força coercitiva do Direito Internacional da Sustentabilidade mesmo nos casos em que não existam sanções pelo descumprimento de suas diretrizes.

5 – Falando nisso, qual a sua expectativa para a Conferência das Partes da Convenção do Clima (COP-21) que ocorrerá em dezembro, em Paris?

Algo que chamou a atenção foi a série de manifestações recentes sobre o combate às mudanças climáticas, que podem ser interpretadas como o surgimento de uma grande convergência a respeito desse tema. 

É o caso, por exemplo, da declaração do G7 prometendo extinguir o uso de combustíveis fósseis até o final deste século e do acordo em que China e Estados Unidos aceitaram assumir metas de redução de emissões.

Acredito que o tratado a ser celebrado em Paris será positivo ainda que, como é provável, não venha a prever sanções. 

Primeiro, porque a legitimidade do processo da ONU cria uma espécie de dever moral, o que gera cobranças e aumenta a fiscalização pelo cumprimento das metas estabelecidas. Segundo, porque, como comentei, os objetivos assumidos podem começar a ser vistos como um dever legal.

Acordos internacionais como esse têm, ainda, o efeito indireto de dar uma sinalização que pode influenciar o comportamento de outros atores. É por isso que são tão relevantes para a governança global da sustentabilidade que, de fato, é descentralizada. 

Não basta apostar na ação dos Estados. É preciso envolver todas as esferas de autoridade, inclusive as de caráter privado, acionando todos os instrumentos disponíveis. Esse é um processo que se retroalimenta, uma vez que, com novas iniciativas e mais incentivos, outros atores serão estimulados e pressionados a mudar sua postura. 

É o círculo virtuoso da sustentabilidade, movimento que precisamos acelerar e ampliar a fim de superar a crise atual.

Com as informações meioambienterio.com

LEI Nº 13.186, DE 11 DE NOVEMBRO DE 2015 Institui a Política de Educação para o Consumo Sustentável


A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º  Fica instituída a Política de Educação para o Consumo Sustentável, com o objetivo de estimular a adoção de práticas de consumo e de técnicas de produção ecologicamente sustentáveis.
Parágrafo único.  Entende-se por consumo sustentável o uso dos recursos naturais de forma a proporcionar qualidade de vida para a geração presente sem comprometer as necessidades das gerações futuras.
Art. 2º  São objetivos da Política de Educação para o Consumo Sustentável:
I - incentivar mudanças de atitude dos consumidores na escolha de produtos que sejam produzidos com base em processos ecologicamente sustentáveis;
II - estimular a redução do consumo de água, energia e de outros recursos naturais, renováveis e não renováveis, no âmbito residencial e das atividades de produção, de comércio e de serviços;
III - promover a redução do acúmulo de resíduos sólidos, pelo retorno pós-consumo de embalagens, pilhas, baterias, pneus, lâmpadas e outros produtos considerados perigosos ou de difícil decomposição;
IV - estimular a reutilização e a reciclagem dos produtos e embalagens;
V - estimular as empresas a incorporarem as dimensões social, cultural e ambiental no processo de produção e gestão;
VI - promover ampla divulgação do ciclo de vida dos produtos, de técnicas adequadas de manejo dos recursos naturais e de produção e gestão empresarial;
VII - fomentar o uso de recursos naturais com base em técnicas e formas de manejo ecologicamente sustentáveis;
VIII - zelar pelo direito à informação e pelo fomento à rotulagem ambiental;
IX - incentivar a certificação ambiental.
Art. 3º  Para atender aos objetivos da Política a que se refere o art. 1º, incumbe ao poder público, em âmbito federal, estadual e municipal:
I - promover campanhas em prol do consumo sustentável, em espaço nobre dos meios de comunicação de massa;
II - capacitar os profissionais da área de educação para inclusão do consumo sustentável nos programas de educação ambiental do ensino médio e fundamental.
Art. 4º  Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 11 de novembro de 2015; 194º da Independência e 127º da República.
DILMA ROUSSEFF
Aloizio Mercadante

Sustentabilidade nos negócios!

Fonte/Autoria.: CNseg
Leia mais um artigo do especialista em educação financeira Álvaro Modernell

 

Alguns negócios, produtos e serviços entram e saem de moda com rapidez tão impressionante que sequer deixam marcas ou lembranças. Outros parecem ser perenes: duram, crescem, se mantêm. 

Passam por crises, claro. O mundo sempre passa. 

Mas o importante é isso, elas vão embora, as empresas e os bons negócios sobrevivem.
 
O mesmo acontece com correntes de estratégias empresariais, como qualidade total, downsizing, reengenharia, empowerment, empreendedorismo, linha de montagem e por aí afora. 

Já foram tantas... Elas se vão e um pouco de cada sempre fica.
 
A palavra do momento é sustentabilidade. 

Como a maioria das outras, parece que essa chegou para ficar. É tão óbvio que todos se questionam como isso não era feito ou pensado antes. 

Ser sustentável nos negócios é agir pensando na longevidade da operação, da empresa, da marca, ainda que haja necessidade de reformatação de produtos, serviços, estratégias. Do discurso ou das margens. 

O importante passa a ser sustentar o negócio, econômica, social e ambientalmente. Tudo junto e misturado. Se não for bom para alguma das partes, não é bom para o negócio. E tem que ser bom no longo prazo, também.
 
Aí encontrei o gancho para meu artigo deste mês. Analisando o segmento de capitalização, no Brasil, na última década, fica claro o posicionamento do setor na primeira metade, e na última, que nos alcança e deve prosseguir pelos próximos anos. 

Talvez nenhum produto do mercado financeiro tenha sido tão bombardeado por especialistas – sim, mais por gente de fora do que pelos próprios consumidores –, do que os produtos de capitalização. 

Vendas casadas e mal explicadas, embalagem inadequada, rendimentos abaixo da inflação e menores que os da poupança, liquidez prejudicada, alto custo nos resgates antecipados etc. 

Em pleno boom da educação financeira, estavam na contramão.
 
Aos poucos, mas de maneira firme, o setor se reposicionou. 

Não se oferecem mais títulos de capitalização como investimentos. Não o são. 

Nem como loteria. Nos últimos tempos, pouco ou quase nada se ouviu sobre venda casada. Ainda bem, passou a ser ilegal. 

A remuneração não melhorou. Os prêmios não aumentaram. Mas o crescimento do setor é significativo. 

Ganhou novos atributos, como a substituição da fiança locatícia, o aspecto social e esportivo, ao destinar parte da renda para entidades pré-determinadas e de conhecimento do comprador. 

Importante que se diga que a regulamentação e fiscalização também ajudam. Separam o joio do trigo.
 
Nota-se com clareza que mudou o discurso. Mudou a embalagem. Não se ouvem mais reclamações constantes nem especialistas preocupados com os indefesos. 

Esses passaram a ser mais bem informados e esclarecidos. No último workshop do setor, em setembro, ficou claro o posicionamento dos líderes do setor, como nunca antes. Capitalização não é investimento. Não é loteria. É capitalização. 

Um produto que representa segmento próprio.
 
Os números são impressionantes, e crescentes – diria que sustentáveis. 

Cheguei à conclusão de que as pessoas que compram títulos de capitalização o fazem porque gostam. 

Porque lhes supre a falta de disciplina para poupar, para capitalizar-se, porque alimentam a esperança de mudar de vida por meio dos prêmios ou simplesmente porque gostam. É preciso aceitar isso. 

Não fosse assim, especialistas em finanças pessoais, como eu, não colocariam, vez por outra, um ou outro título na carteira de ativosgeralmente com a desculpa de diversificar.
 
Gaúcho não gosta de coentro nem de pequi. Nordestinos e goianos não gostam de chimarrão. E são todos felizes. Gosto é gosto. Há que se respeitar. Dessa maneira, sustentam-se hábitos e tradições. É isso o que os números demonstram.
 
O setor está de parabéns. Aceitou-se como segmento de um produto único. 

Ficou mais transparente. 

Preocupou-se e passou a oferecer educação financeira, esclarecimentos, instrumentos de conscientização ao seu público de mais de 13 milhões de brasileiros. 

Enquanto clientes estiverem satisfeitos, os direitos dos consumidores respeitados, os esclarecimentos prestados e a publicidade e ações de venda claros, verdadeiros, haverá espaço inclusive para crescer. 

Às vezes é preciso se reinventar para sobreviver. Isso é ser sustentável.

Arquitetos criam incrível casa sustentável na Mata Atlântica feita para estimular a criatividade

Imagina que incrível morar no meio de uma área protegida da Mata Atlântica. Entre as movimentadas São Paulo e Rio de Janeiro está o Parque Nacional da Serra da Bocaína, um respiro verde de 104.000 hectares, onde está a bela residência “Arca“. 

Criada pelos arquitetos do Atelier Marko Brajovic, a casa sustentável tem visão privilegiada para a floresta e muito ar puro. 

O imóvel pré-fabricado no formato de concha é feito em alumínio, zinco e ferro – que juntos formam o Galvalume, contando com grandes janelas de vidro que oferecem a vista para o entorno. 

A novidade é que a casa pode ser facilmente montada e desmontada em até uma semana, mas neste caso foi instalada na cachoeira Perequé, a 10 km de um dos lugares mais legais do Brasil, em Paraty.

Com paredes de maneira, tem dois quartos e um banheiro, além de cozinha integrada a sala. Segundo os realizadores, a ideia principal é que a casa seja utilizada para imersões criativas por profissionais (com ou sem crianças) que querem trabalhar em suas criações imersos na natureza e em um ambiente muito confortável”. 

Para essa segunda opção, as camas se transformam em sofás e os quartos em salas de produção.

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O nome Arca veio dos moradores da região, que compararam a arquitetura com um navio em terra. 

O estúdio que projetou a casa já esteve envolvido em vários projetos bacanas, como no design das exposições de David BowieStanley Kubrick e François Truffaut em São Paulo.
Dá pra notar que criatividade não falta, não é? 

Então inspire-se:

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Todas as fotos: Divulgação via

Grupo de pessoas se une para espalhar secretamente árvores de fruto pelas cidades

Você já parou para pensar o porquê de quase não haver árvores frutíferas nas cidades? Urbanistas e governantes afirmariam ser uma forma de evitar a sujeira das frutas caídas e não atrair tantos animais. 

Mas por outro lado não seria incrível poder colher frutas em sua própria rua?

Em São Francisco, nos EUA, uma nova forma de intervenção urbana tem chamado a atenção: um grupo que se intitula Guerrilla Grafters está fazendo usando partes de árvores frutíferas como enxertos em plantas ornamentais. 

A técnica consiste em fazer uma incisão na planta e amarrar a ela um galho vivo da laranjeira, maciera ou seja qual for a árvore frutífera. Assim, as árvores podem começar a dar frutos, mudando de vez o cenário urbano e, provavelmente, tirando o sono das autoridades.

Estima-se que por lá existam mais de 10 mil árvores frutíferas plantadas pela prefeitura. O detalhe é que elas são intencionalmente estéreis, ou seja, não dão frutos. 

O grupo tem se aproveitado disso para criar os enxertos e torná-los difíceis de serem detectados.

A flowering apple tree in Oakland, Calif. with two successful grafts from an apple tree which bears fruit.

De olho na escassez de alimentos e nos preços das frutas e verduras praticados por mercados e frutarias da região, o Guerrilla Grafters deixa seu recado: “Com o tempo, deliciosas e nutritivas frutas tornam-se disponíveis aos cidadãos por meio desses enxertos. 

Nós queremos provar que uma cultura de cuidado pode ser cultivada no solo. 

Nós queremos transformar as ruas da cidade em florestas de frutas, e desfazer a civilização galho por galho.

Guerrilla Grafter Tara Hui
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Todas as fotos © Guerilla Grafters