10 carros "verdes" que serão destaque no São do Automóvel de São Paulo


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Peugeot levará o 208 Urb ao Salão de São Paulo
Foto: Divulgação/Peugeot

O Salão Internacional do Automóvel de São Paulo abrirá suas portas na quinta-feira, 30 de outubro, no Anhembi, e é claro que os modelos sustentáveis, com apelo ambiental, terão presença garantida na 28ª edição do evento.

Um exemplo é o híbrido A3 e-tron, da Audi, que poderá ser testado por visitantes do evento.

A Kia mostra o elétrico Soul EV e o híbrido Optima. Outros híbridos (que se movem com eletricidade e combustível comum) são o BMW i8, o Toyota Prius e o Porsche Panamera.

No time dos elétricos estão ainda Fiat 500e, BMW i3 e os Renault Zoe e Twizy. A Peugeot promete um "Conceito Natural" e o 208 Urb, uma solução entre carro e bicicleta.

O Salão de São Paulo, maior feira automobilística da América Latina, termina no dia 9 de novembro.

Confira na galeria abaixo dez das atrações "verdes" do Salão de São Paulo:

GALERIA DE FOTOS (clique na imagem para ampliar)

























Fonte: www.econdesenvolvimento.org

População de Curitiba pode trocar lixo reciclável por alimentos



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Aqui no EcoD já mostramos alguns exemplos de projetos que possibilitam a troca de materiais recicláveis por alimentos. 

Caxias do Sul é uma das cidades que incentivam iniciativas desse tipo. 

Outro bom modelo é o de Curitiba, onde o Programa Câmbio Verde faz muito sucesso.

Ao mesmo tempo que ajuda a reduzir a quantidade de resíduos na cidade, a ação complementa a alimentação das famílias, por meio da troca de lixo reciclável por alimentos. 

A Prefeitura já possuía um projeto que trocava lixo orgânico por vale-transporte desde o fim dos anos 1980. Alguns anos depois, uma supersafra de repolho estimulou a ideia de que o vale-transporte poderia ser substituído por alimentos e assim surgiu o Programa Câmbio Verde.

A cada quatro quilos de lixo, cada pessoa ganha um quilo de frutas e verduras - as trocas são realizadas quinzenalmente em postos de atendimento.


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O programa promove o escoamento da safra de produtos hortigranjeiros dos pequenos produtores de Curitiba e da Região Metropolitana, cria na população o hábito de separar o lixo orgânico do inorgânico, sensibiliza a comunidade para a correta destinação final dos resíduos e reforça a alimentação para pessoas que possuem pouca renda financeira.

Há ainda o Câmbio Verde Especial, que é realizado nas escolas públicas municipais com o objetivo de consolidar nas crianças o espírito de separar o lixo e conscientizá-las da importância da reciclagem para o bem estar social de todos. 

Nas escolas, o lixo é trocado por cadernos, brinquedos, chocolates e ingressos para shows.

Bem que iniciativas assim poderiam ser replicadas em outras cidades brasileiras, não é mesmo?



PRÉDIOS COMERCIAIS IMPULSIONAM CONSTRUÇÕES VERDES

Edifícios chancelados por selos de sustentabilidade crescem 2.500% nos últimos cinco anos. Entenda o que há por trás disso 

Priscillía Arroyo



O aumento de profissionais com experiência em projetar e construir edifícios sustentáveis e o avanço da produção nacional de materiais para viabilizar as obras diminuiu o custo adiciona] e alavancou este segmento da construção civil no Brasil. 

Hoje, a maioria dos projetos de edifícios corporativos em São Paulo e no Rio de Janeiro são elaborados sobre preceitos sustentáveis, uma vez que os prédios chancelados por selos específicos de sustentabilidade oferecem maior retorno financeiro aos investidores e aos operadores.

O número de edifícios certificados no Brasil deu um salto de 20 para 497 nos últimos cinco anos, como reflexo de uma demanda crescente do mercado. 

"O movimento de crescimento é irreversível, até porque a demanda das grandes empresas avança e isso é o que vai conA taxa de ocupação de prédios comerciais sustentáveis pode ser até 23% maior, e o valor da locação é, em média, 8% mais alto, segundo o Secovi-SP

tinuar puxando o segmento", destacou o diretor de Sustentabilidade do sindicato do mercado imobiliário, Secovi- SP, Hamilton Leite.

Duas certificações contemplam os quase 500 prédios do mercado brasileiro: a americana Leadership in Energy and Environmental Design (Leed) e a francesa, batizada em português de Alta Qualidade Ambiental (Aqua-HQE).

De acordo com o consultor de sustentabilidade Luiz Henrique Ferreira, o selo Leed, que atesta a redução do consumo de energia e água em cerca de 30%, se tornou padrão entre as construções corporativas por assegurar maior retorno financeiro aos investidores. 

"Este certificado, por ser conhecido em todo o mundo, traz segurança para o investidor, pois chancela a concepção de edifícios que oferecem menores custos de operação e maiores taxas de ocupação. 

A economia de despesas com água e luz se reflete na redução do valor do condomínio, o que se traduz em aumento do preço do aluguel e maior retorno para o investidor", explicou. 

A taxa de ocupação de empreendimentos comerciais sustentáveis pode ser até 23% maior em relação aos tradicionais, enquanto o valor da locação é, em média, 8% mais alto, de acordo com informações do Secovi-SP.

Redução no custo de construção

Um dos principais fatores que desencadearam essa evolução foi a redução continua do custo extra dos projetos sustentáveis. Em 2007, quando uma agência do Banco Real, em São Paulo, recebeu pela primeira vez um selo de sustentabilidade no Brasil, o acréscimo no orçamento da obra foi de 30%. 

Esse percentual foi caindo até chegar à média atual de 10,5% para incorporadoras que não têm larga experiência com este tipo de construção. Já para as incorporadoras experientes, o custo extra soma 5,1%, de acordo com dados publicados no livro "Tornando Nosso Ambiente Construído Mais Sustentável", de autoria do consultor norte-americano Gregory Kats, traduzido para o português pelo Secovi-SP.

A disseminação de informação sobre a prática foi um dos principais elementos que possibilitaram a redução do custo. 

Outro fator foi a maior capacitação dos profissionais. 

"O aumento da oferta de mão de obra especializada reduziu o custo das contratações e, por consequência, os desembolsos extras dos projetos", pontuou Felipe Faria, diretor da Green Building Council (GBC) Brasil, entidade que regula a distribuição do Leed no Brasil - selo presente em 192 edifícios, a maior parte corporativo.

Outro fator foi o aumento da produção nacional de materiais com tecnologias sustentáveis. "Até 2007 tínhamos que importar quase todas as peças e materiais para as obras", destacou o diretor da consultoria Sustentech Desenvolvimento Sustentável, Marcos Casado.

Edifícios residenciais verdes começam a despontar

Um dos desafios do mercado para a manutenção do crescimento é incentivar a demanda dos selos também no segmento doméstico, de acordo com Leite, do Secovi. "Até o primeiro trimestre do ano passado, não existia nenhum edifício residencial pronto certificado no país. 

Essa disparidade entre corporativo e residencial é um dos desafios a serem vencidos. Os consumidores também devem replicar o comportamento das empresas, principalmente os da geração Y, que têm uma carga grande de informação sobre o tema e vão começar a comprar imóveis nos próximos anos", prevê Leite.

Enquanto o Leed ganha espaço entre os empreendimentos corporativos, o selo batizado de Alta Qualidade Ambiental (Aqua-HQE), versão adaptada da certificação francesa Démeche HQE, é utilizado largamente em projetos residenciais. 

Dos 305 edifícios certificados pela Fundação Vanzolini, que administra o selo no país, 150 são residenciais. Entretanto, a maioria dos projetos ainda está em fase de execução e apenas cinco prédios já estão em operação.

"O Aqua é adaptado para o mercado brasileiro e leva em consideração as características culturais e climáticas do país. 

Isso explica a utilização em prédios residenciais e também em imóveis comerciais de varejistas, como a Leroy Merlin", afirmou o coordenador executivo da certificação Aqua, Manuel Carlos Reis Martins, que destaca o crescente interesse das construtoras em certificar empreendimentos residenciais.

"A Even adotou, em 2012, o convênio de empreendedor Aqua, no qual todos os edifícios habitacionais em São Paulo e no Rio serão certificados. 

A Odebrecht também usa a certificação nos segmentos residencial e não residencial. Cyrela e Gafisa, em ritmo mais reduzido, também já trabalham com empreendimentos chancelados", pontuou Martins.

Para o consultor Ferreira, o desafio é mostrar para o consumidor final as vantagens de um imóvel sustentável. A opinião é compartilhada por Casado, da Sustentech. "Embora o segmento de construção sustentável cresça em uma taxa média anual de 30% no Brasil, ele não representa 4% da construção civil do pais. Ainda há muito espaço para evoluir", disse.

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A taxa de ocupação de empreendimentos comerciais sustentáveis pode ser até 23% maior em relação aos tradicionais, enquanto o valor da locação é, em média, 8% mais alto, de acordo com informações do Secovi-SP.

Embora o segmento de construção sustentável cresça em uma taxa média anual de 30 % no Brasil, ele não representa 4% da construção civil do país. 

Ainda há muito espaço para evoluir" Marcos Casado Diretor da Sustentech Desenvolvimento Sustentável