PRODUÇÃO TRANSPARENTE | VAMOS APRESENTAR O PROCESSO DA CONFECÇÃO DE ROUPAS … AO USUÁRIO

Por Anelise Stahl


Tudo que preserva, que procura não agredir e trata o usuário e o seu entorno, tem possibilidade de receber rótulo de atitude “verde” ou “ECO “.


O consumidor se tornando mais seletivo e exigente, fará questão de saber como as marcas que consomem se comportam nos bastidores … e essa busca já é uma realidade cada vez mais próxima !

Essa nova atitude de consumo , ONDE O CONSUMIDOR ESTÁ COM OS OLHOS BEM ABERTOS promete ser uma das grandes tendências de comportamento para o futuro.

A novidade virá no discurso em demonstrar que se está politicamente engajado nas causas ecológicas, na responsabilidade social e na viabilidade econômica do negócio com um comércio justo.

Uma marca pode ser definida como um “produto em particular ou características que definem um produto específico”. Seu apelo, disponibilidade, relevância, imagem/personalidade e a forma como a empresa é regida são características que definem que tipo de marca você ou uma organização possuem.

Neste ambiente, Kelly Slater, o maior Surfista de todos os tempos, condecorado pelo Congresso Americano e sendo cogitado ao título de Atleta do Século, já mostra os brotos que estão nascendo após o término da parceria de longa data entre Kelly e a Quilksilver.

Kelly quer criar uma marca em que cada parte do processo de desenvolvimento de produtos seja sustentável e ecologicamente correto.

Para se ter uma ideia do que já temos no outro lado do mundo, especificamente na Nova Zelândia, uma empresa de roupas e acessórios de lã criou uma forma de produção transparente ao envolver o seu consumidor profundamente. 

A Icebreaker, famosa pela qualidade do seu fio de lã merino, agora expõe todos os seus parceiros e fornecedores, por meio de um código digital.

Explicando melhor, cada peça comercializada pela marca neozelandesa traz uma “Barcode”, ou seja, uma referência presente em cada peça que torna possível o rastreamento de todo o processo produtivo pelo qual a roupa passou, desde as condições e localização dos animais que produziram aquela lã, até o processo de confecção propriamente dito. 

Para isso, basta colocar o código no site da empresa, onde é possível ainda testar uma demonstração.

Será que num futuro próximo poderemos ter essa produção transparente e acessível para saber se o algodão da nossa calça levou agrotóxico ou de qual país foi extraído o petróleo que gerou a nossa camiseta de poliamida? 

Nada mal se realmente incorporarmos o espírito do comércio justo, da sustentabilidade e da responsabilidade ambiental. Dedos apresentados para compartilhar a história de quem faz !

A Casamundobrazil em sua rede … que conecta empresas e profissionais com esse sentimento está pronta para inspirar e facilitar esse novo comportamento !

André da DÖO OPEN INOVAÇÃO apresenta pelo Design o caminho para comunicar esse conceito e junto com Gilbert da EMPRESA VERDE BRASIL e Anelise da CASAMUNDOBRAZIL, apresentam para o Mercado a gestão para esse novo jeito de entregar para o consumidor uma roupa para o” VESTIR CONSCIENTE ! “

As Premissas da Gestão do Projeto Design para Comportamento Sustentável são :

“Accountability”: Ato de responsabilizar-se pelas consequências de suas ações e decisões, respondendo pelos seus impactos na sociedade, na economia e no meio ambiente, prestando contas as partes interessadas declarando os seus erros e as medidas cabíveis para remediá-los.

Transparência: Fornecer às partes interessadas de forma acessível, clara, compreensível e em prazos adequados todas as informações sobre os fatos que possam afetá-las.

Comportamento ético: Agir de modo aceito como correto pela sociedade – com base nos valores da honestidade, equidade e integridade, perante as pessoas e a natureza – e de forma consistente com as normas internacionais de comportamento.

Respeito pelos interesses das partes interessadas (stakeholders): Ouvir, considerar e responder aos interesses das pessoas ou grupos que tenham interesse nas atividades da organização ou por ela possam ser afetados.

Respeito pelas Normas Internacionais de Comportamento: Adotar prescrições de tratados e acordos internacionais favoráveis à responsabilidade social, mesmo que não que não haja obrigação legal.

Direito aos humanos: Reconhecer a importância e a universalidade dos direitos humanos, cuidando para que as atividades da organização não os agridam direta ou indiretamente, zelando pelo ambiente econômico, social e natural que requerem.

Equilíbrio ambiental e a qualidade de vida da população: revisão do processo produtivo visando a melhoria continua do desempenho ambiental, controlando insumos e matérias-prima que representem desperdícios de recursos naturais.

Economia : tem que ser viável economicamente.

Cocriação de experiências em plataformas de engajamento





O engajamento de stakeholders propicia a conexão entre o planejamento e o envolvimento dos públicos quando inserida na agenda estratégica da empresa

A Casamundobrazil facilita as empresas a construírem e implementarem práticas de engajamento no contexto operacional e estratégico, visando a co-criação de valor compartilhado entre empresas e seus stakeholders principais.

Tais práticas hoje tem sido a busca de diversas empresas e profissionais, e os indicadores de uma gestão sustentável estão sendo cada vez mais considerados como critério seletivo de escolha,além de promover a construção de parcerias, buscando o desenho de soluções colaborativas que possam tratar os desafios de um desenvolvimento sustentável .


O USO DA INTELIGÊNCIA COLETIVA ASSOCIADA A CO-CRIAÇÃO, PROPICIA O “EMERGIR ” DE UMA CONSCIÊNCIA POR UM COMPORTAMENTO SUSTENTÁVEL.

Como acreditamos que Compartilhar é CUIDAR … segue baixo o artigo:
O processo de cocriação de experiências em plataformas de engajamento
Co-creation experiences process for engagement platforms por Dafne F. Arbex e Kamil Giglio e Richard Perassi e Gregório J. Varvakis

Resumo: O artigo tem por objetivo contextualizar a cocriação como um fenômeno da atualidade e como consequência da expansão e inovação tecnológica. 

Para tal, o trabalho foca-se no processo de elaboração de experiências de valor em conjunto com o usuário para a criação de novos produtos. Como procedimentos metodológicos realizou-se uma pesquisa bibliográfica e descritiva para compreender como são criadas e compartilhadas tais experiências nos ambientes virtuais. 

Consequentemente, para demonstrar os diferentes tipos de ambientes propícios à criação de experiências, entre usuários e organizações, foram eleitos e analisados quatro estudos de caso. Os mecanismos de análise escolhido foram: Dialogo 

Acesso, Risco e Transparência, por serem mais recorrentes nas pesquisas que envolvem a criação de experiência de valor junto com o usuário final. Como resultado, constatou-se que os ambientes interativos, denominados de “plataformas de engajamento”, possuem estratégias diferenciadas que atendem e promovem a interação entre os atores como potencial para a inovação.


Introdução

O termo cocriação, apesar de ser um fenômeno emergente da atualidade (Coutinho & Ramaswamy, 2011), não é recente, pois todo ato de criação é uma forma de cocriação. Até mesmo no que se refere à reprodução humana (Franco, 2012). 

Porém, pode-se identificar na literatura o uso de diversos outros desdobramentos advindos do conceito de cocriação, tais como: coprodução, codesign, coworking, colaboração, open innovation, crowdsoursing, entre outros.

Assim, cocriação pode ser entendido como um fenômeno abrangente da cultura contemporânea e das relações estabelecidas em rede (Franco, 2012), identificado no âmbito empresarial, do marketing, do design e nas relações do coletivo e da colaboração em massa (Tapscott, 2007). 

Os autores do livro “O Futuro da Competição” lançado em 2004, Prahalad & Ramaswamy, (2004) definem cocriação um processo de criação em conjunto, cujo conhecimento pode ser compartilhado entre os atores com interesses em comum (Ramaswamy, 2005; Franco, 2012). 

No âmbito dos negócios e do marketing, significa criação de valor pela empresa e cliente para juntos obterem benefícios mútuos e inovação (Prahalad & Ramaswamy, 2004). 

Na área do design, cocriação refere-se a qualquer ato de criatividade coletiva, isto é, criatividade que é compartilhada por duas ou mais pessoas em um ambiente organizacional (Sanders; Stappers, 2008).

Estas grandes mudanças nos negócios e na sociedade é considerado como uma prática de desenvolvimento de sistemas, produtos ou serviços através da colaboração com clientes, gerentes, funcionários e outras partes interessadas (Ramaswamy, 2010). 

Empresas cocriativas (Ramaswamy & Gouillart, 2010) bem sucedidas, explicitamente se concentram em oferecer troca de experiências, junto com os clientes, funcionários, fornecedores e todas as partes interessadas, a partir de ambientes ou “plataformas de engajamento” desenvolvidas para propiciar e ampliar diferentes formas de interação (Ramaswamy & Gouillart, 2010). 

Percebendo o valor fundamental do uso que as pessoas fazem das mídias sociais e as diversas formas de interação para alavancar o processo de inovação, empresas têm começado a focar seus esforços em ambientes propícios a captura de conhecimento para gerar novas oportunidades de negócios (Lewis, 2010; Ramaswamy; Gouillart, 2010).

Esses ambientes são convidativos as diversas formas de interação que se caracterizam na participação ativa e na geração de novas ideias como forma de contribuição de futuros produtos e serviços, desenvolvidos e comercializados de forma colaborativa (Ramaswamy & Gouillart, 2010). 

Portanto, as empresas estão agora explorando o potencial de inovação para desenvolver e disponibilizar ambientes cocriativos, no qual pessoas possam criar experiências e compartilhar conhecimento como veremos a seguir.

Criação de ideias e insights na “Fábrica de Ideias” da 3M Inovação

A 3M é uma empresa do setor Químico e Petroquímico do Brasil que desenvolve produtos, marcas e serviços diversificados que vão desde produtos de segurança, limpeza e proteção, a produtos elétricos, eletrônicos e de telecomunicação, soluções para saúde, papelaria e escritório, e revestimentos autoadesivos. 

Pensando em expandir os horizontes do lado de dentro para o lado de fora da empresa, a 3M abre suas portas, a partir de um Portal de Inovação Aberta, com foco na promoção do intercambio de novas ideias e troca de experiências. 

O Portal de Inovação é uma plataforma de engajamento que propõe a criação de ideias e obtenção de insight dos usuários, conforme afirmam stakeholders (2011), para promover a discussão e compartilhar conhecimento, sem a intenção, necessariamente de executar ou comercializar as ideias expostas no Portal. 

Para o intercambio de ideias foi desenvolvido um ambiente denominado “Fábrica de Ideias”. Este é um espaço interativo criado pela 3M para estimular a colaboração e expressão de ideias que possam contribuir para melhoria de seus produtos. 

Periódicamente, a empresa lança um “tema-desafio” para que as pessoas interessadas possam compartilhar sua criatividade e propor soluções inovadoras. A proposta é gerar um brainstorming virtual para promover a troca de experiência e compartilhar conhecimento em rede. 

A 3M é uma empresa conhecida pela procura de oportunidades de negócio associados às tecnologias e a colaboração de agentes externos a empresa.

Desenvolvimento e integração de processos e sistemas na Natura Campus
O programa Natura Campus é um ambiente desenvolvido para criar e estimular a relação entre as redes de inovação da empresa de cosméticos e a comunidade científica, promovendo o financiamento(parcial ou integral), participação em pesquisas, melhorias nos processos que envolvem a produção e intercambio de conhecimento. 

Portanto, objetiva-se oferecer por meio de um suporte tecnológico, um ambiente para inovação colaborativa em rede com instituições de pesquisa nacionais ou internacionais. ]

O ambiente é bastante acessível e conta com menus destacados na parte superior da página. Com muitas informações e recursos de comunicação, a relação entre as partes é estabelecida por blogs temáticos, newsletter, redes sociais, workshops de interação (presenciais ou à distância) e propostas de colaboração em pesquisa com a Natura, todos incluídos dentro do Portal 
Natura Campus.

No menu “Participe”, explica-se ao usuário as etapas necessárias para se inscrever e participar do projeto proposto, bem como as modalidades de atuação oferecidas naquele período, que seguem o escopo definido pela organização. 

Durante o período de submissão, os interessados podem participar de fóruns de discussão, bem como acessar conteúdos voltados a empreendedorismo e inovação para aplicar os conhecimentos adquiridos em seus projetos. 

Os projetos classificados participam, por meio de seus integrantes, de workshops (presenciais) sobre o tema, sessões de mentoring e são preparados para a etapa final, que consiste em uma apresentação para uma banca avaliadora. As etapas para participação são descritas no Portal.

No ambiente, a empresa de cosmético estimula projetos de “codesenvolvimento” e cooperação em diferentes áreas de pesquisa, incitando a participação de profissionais de instituições de pesquisa, integrando e capacitando-os para que sejam “cocriadores” no processo de desenvolvimento de produtos da empresa.

Iniciativa de integração de competências do Itaú

O “Projeto Itaú – Benefício feito por você”, campanha lançada em 2011, cujo slogan era “O mundo muda e o Itaú muda com você”, demonstra que o banco Itaú faz uso das novas tecnologias, inclusive das mídias sociais. 

O ambiente foi desenvolvido pensando na agilidade e na acessibilidade do usuário. O objetivo da campanha é promover a marca e o produto “cartão de crédito”, utilizando de características de cocriação para gerir e permitir que o usuário participe no processo de tomada de decisão. 

O usuário escolhe alguma das categorias (futebol, cinema, parques, turismo), e o banco paga 50% das despesas. Para conseguir os benefícios os usuários participam contando suas experiências de viagem pelo Twitter. 

Como consequência, o banco agrega valor à marca, já que divide as despesas de lazer e entretenimento com o usuário do banco, e o mais relevante, de acordo com o estilo de vida e preferência de cada pessoa.

Em todo o ambiente são utilizadas frases para motivar o usuário a interagir com o ambiente e seus aplicativos. Na parte central, por exemplo, a frase “Benefício feito por você – seu desejo pode se tornar realidade”, deixa transparecer que a proposta do banco é fazer com que o usuário sinta-se importante e há um interesse em saber o que ele deseja suas necessidades e expectativas. 

Para este contexto, o banco disponibiliza nove opções para o usuário (música, tecnologia, filmes, viagem, esportes, educação, alimentação, lazer e bem-estar), com diversas dicas. Em todas estas categorias existe um campo em aberto para que o usuário registre sua opinião. 

Ademais, há em diversas seções do ambiente, espaços para sugestões e críticas que têm como finalidade complementar e dar feedback aos usuários. Há ainda um campo para que o usuário descubra em qual das categorias oferecidas se enquadra melhor, criando uma percepção do indivíduo sobre os seus valores. 

Para tal, lança a seguinte pergunta: “Quer saber o assunto que você mais comentou nas redes sociais?” Ao acessar o link são entregues as informações mais citadas no Twitter ou Facebook pelo usuário em sua “micropágina”. 

Por meio da plataforma, o banco se aproxima da cultura do usuário, estimulando a participação e o compartilhamento de experiências, incentivando redes de relacionamento digital como estratégia para a campanha.

Os mecanismos de cocriação e compartilhamento do conhecimento

Os mecanismos de cocriação foram criados por Prahalad & Ramaswamy e apresentados no livro “O Futuro da Competição” em 2004. 

Podem ser considerados como um método amplamente difundido e disseminado em empresas que estão se beneficiando com as vantagens da cocriação. Os autores os consideram como um modelo de referência no processo de cocriação.

De forma induzida ou motivada pelas empresas, os quatro mecanismos ou princípios essenciais ao processo de engajamento do usuário (Prahalad & Ramaswamy, 2004; Ramaswamy & Gouillart, 2010;Coutinho & Ramaswamy, 2011) são: 

(1) Diálogo, em que o processo cocriativo precisa ser incentivado e as relações incluam interesses pessoais e sociais, ao mesmo tempo, e que esses interesses sejam construídos no ato coletivo para criação do produto final. Para isso é preciso prover: 
(2) Acesso, para cocriar valor em um ambiente propício ao compartilhamento de conhecimento. Se houver dificuldades de acesso, não haverá participação. A cocriação provê ainda, benefícios mútuos, tanto para organizações, quanto para o usuário, portanto, o 

(3) Risco (avaliação), meio para gerenciar os riscos relacionados à participação direta dos usuários no processo, pois ambos são “corresponsáveis” pelo processo de criação. 

E por fim, a (4) Transparência que pode ser considerada como um mecanismo fundamental para assegurar a confiança mútua entre organizações e usuários.

Neste contexto, cabe ressaltar que uma marca ou produto precisa primeiro conquistar a confiança dos seus consumidores, antes de cocriar junto com eles. Requer também, clareza sobre a motivação e os objetivos dos participantes (Coutinho & Ramaswamy, 2011). 

Neste paradigma, a empresa, o cliente e usuário final criam valor conjuntamente nos chamados “pontos de interação”, momentos e espaços onde a experiência de cocriação ocorre e o valor é cocriado. 

Ou seja, é eliminado o conceito tradicional de que as empresas pensam e agem unilateralmente, mesmo que o conhecimento esteja centrado na empresa. 

O papel do usuário passa a ser fundamental na criação de valor, formando um movimento de fora para dentro, de forma a compartilhar o conhecimento. 
O usuário deixa de ser um ente isolado e passivo para tornar-se conectado e ativo (Troccoli, 2008).

Análise dos mecanismos de cocriação em plataformas de engajamento

Segundo Ramaswamy (2010), experiências provêm das interações. Quanto mais interagem, mais estão supostamente, comprometidas ou engajadas no processo. 

Nesse aspecto, pode-se considerar a cocriação como um processo pelo qual o valor é expandido em conjunto com o usuário e onde o valor está na participação dos usuários em função de suas experiências. 

As experiências de engajamento que ocorrem nas plataformas resultam em experiências humanas produtivas para as organizações. A cocriação de valor que vem de “fora para dentro” da organização, é capturada pela demanda do mercado. 

Essa inversão de comportamento, focado na inteligencia coletiva, desafia o paradigma tradicional de produção industrial, de que o conhecimento está na empresa, nos especialistas. 

Portanto são os usuários, clientes que determinam o que veicular no mercado, que passa a coletar experiências de valor e conhecimento a partir do acesso as novas tecnologias. 

Mais abrangente, a cocriação engloba e expande as relações, uma vez que abre um espaço importante para a exposição e troca de ideias, histórias de vida, entrega de experiências sobre o produto, tomada de decisão e até mesmo a consolidação efetiva de um projeto junto com a empresa.

DataGramaZero – Revista de Informação – v.14 n.3 jun13 ARTIGO 03

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Explorar Novas Alternativas e Praticar A Moda Sustentável

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Empresas que Desenvolvem Práticas Sustentáveis

Depois de escrever artigos sobre Práticas de Moda Sustentável e Materiais Sustentáveis muitas pessoas me perguntaram onde poderiam encontrar aqueles materiais ou empresas que desenvolviam práticas sustentáveis. 

Por isso, decidi contribuir com o pequeno conhecimento que possuo sobre algumas marcas. 

A intenção não é fazer propaganda, mas sim mostrar bons projetos e atitudes de algumas empresas.

Autossustentável: Empresas Sustentáveis

Entre empresas que buscam alternativas, a Osklen se destaca por desenvolver práticas sustentáveis há algum tempo. 

Quando Oskar Metsavaht lançou a sua marca, paralelamente apoiou expedições e projetos nas áreas esportiva, social e ambiental e quando perguntado sobre o assunto, afirmava com frequência que muito além de vender roupas, queria transmitir uma filosofia de vida de equilíbrio e harmonia com o meio ambiente. 

Entre muitos projetos da marca, vale destacar a parceria com a ONG (Organização Não Governamental) Esplar, que atua diretamente em municípios do semi-árido cearense, e desenvolve atividades voltadas para a agroecologia praticada pelas famílias locais. 

A Osklen é responsável pela compra de toda a produção de algodão orgânico desse projeto, utilizando-o para a confecção de tecidos que não usam processos químicos em seu tingimento.

[1] Totalmente engajado com a causa, Oskar Metsavaht também fundou o “Instituto E, uma OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) focada em promover os princípios do desenvolvimento humano sustentável. 

O “Instituto E” conta com alguns projetos como o mapeamento de e-fabrics e o projeto traces

O mapeamento de  e-fabrics diz respeito ao estudo da origem da matéria prima, do impacto do processo produtivo, da preservação da diversidade e das relações desse processo com as comunidades. 

Enquanto que o projeto traces, desenvolvido em parceria com o IMELS (Italian Ministry for Environment, Land and Sea) e com o Fórum das Américas e com a colaboração do Senai-Cetiqt, realizou o rastreamento da pegada de carbono, análise do ciclo de vida e impactos socioambientais de seis produtos confeccionados com os seguintes e-fabrics usados pela Osklen: 

- algodão orgânico, algodão reciclado, PET reciclado, couro de pirarucu, eco-juta e algodão orgânico. 

Contando ainda com projetos de soluções ambientais e diminuição de resíduos para shoppings e indústrias, recuperação de parques, entre outros, o “Instituto E” já é reconhecido mundialmente na sua trajetória de ajuda ao meio ambiente. 

Autossustentável: Sustentabilidade na Internet

Uma outra empresa que tem uma história interessante na área de práticas sustentáveis é a Natura, que 1983, teve a iniciativa de oferecer a opção de refil para seus produtos. 

Os refis possuem massa média 54% menor que a da embalagem regular, o que permitiu a empresa deixar de gerar 2,2 mil toneladas de embalagens no meio ambiente. 

Após essa inovação, a Natura passou a desenvolver novos produtos a partir de espécies nativas, através da utilização de modelos ecológicos de produção vegetal com o programa de certificação de matérias-primas em parecerias com comunidades que a fornecem. 

Mais tarde, também foi adotada a Tabela Ambiental, que informa sobre o impacto de cada um de seus produtos; passou-se a utilizar álcool orgânico certificado em substituição ao álcool comum; 

e houve a adoção do Programa Carbono Neutro, que reduz e compensa as emissões de carbono calculadas com base na cadeia produtiva desde a extração até o descarte. 

Quanto aos projetos sociais, se destaca o Programa Natura Crer para Ver, que desde 1995 desenvolve iniciativas que contribuem para melhorar a qualidade da educação pública.[2]

Além disso, a Natura é a única empresa da América Latina no B-Team, grupo de liderança de diversos setores econômicos que busca a real integração entre o bem estar social, ambiental e econômico.[3]


Mais informações: http://www.autossustentavel.com

Conheçam Rajan o último Elefante nadador do mundo


Você leu correto, é um elefante nadador. Soa um pouco estranho, afinal, são algumas toneladas para boiar na água, mas é possível, só não muito comum e prático. Por isso Rajan, com 65 anos, é o último elefante nadador do mundo.

Rajan vive em um lindo arquipélago na ‘Baía de Bengala’ (Bay of Bengal), a maior baía do mundo, que fica no Oceano Índico, e trabalhou durante muitos anos como carregador de madeira serrada entre as ilhas. 

Agora que se “aposentou”, ele pratica natação apenas por diversão.

A profissão de Rajan não é mais exercida (ainda bem!), pois demora cerca de 10 anos para treinar um elefante para trabalhar e nadar, além de que hoje temos outros tipos de transportes bem mais eficientes e menos agressivos para os animais. 

Mesmo assim, Rajan ainda é muito cotado, pois foi comprado pelos atuais donos por $ 40,000 (quase cem mil reais). 

O elefante virou uma atração tão grande que hoje ele só precisa nadar para atrair milhares de pessoas.

Dá uma olhada no vídeo e nas fotos abaixo:

Boas práticas podem cortar emissões globais em 5 GtCO2 por ano

 Autor: Fernanda B. Müller   -   Fonte: Instituto CarbonoBrasil

Estudo avalia que políticas com o objetivo de melhorar e incentivar o setor de energias renováveis apresentam as maiores oportunidades para a mitigação das emissões de gases do efeito estufa


Mais de 5 gigatoneladas de dióxido de carbono (GtCO2) poderiam deixar de ser liberadas para atmosfera se todos os países adotassem políticas de boas práticas em apenas quatro áreas temáticas, afirma um novo estudo sobre instrumentos para melhorar a ambição das ações voltadas às mudanças climáticas antes de 2020.

Segundo os autores, esses quatro setores seriam energias renováveis, veículos leves, produção de combustíveis fósseis com foco na geração de metano e equipamentos elétricos. Já entre as boas práticas estão medidas como tarifas feed-in, investimentos em infraestrutura e padrões de qualidade.

O relatório foi elaborado pelo Ecofys, Instituto Öko e Instituto ISI Fraunhofer a pedido do Ministério do Meio Ambiente alemão e visa contribuir com as negociações para um novo acordo climático internacional.

A adoção de boas práticas no setor de apoio às energias renováveis oferece as melhores oportunidades de corte nas emissões, com um potencial estimado em 3,6 GtCO2 por ano até 2020, ressalta a publicação. 

Essas medidas estão cada vez mais populares em muitos países, não apenas pelo seu potencial de ‘descarbonização’, mas também devido aos múltiplos co-benefícios, como a eletrificação rural, melhoria na segurança energética, entre outros. 

O estudo constatou que as políticas mais ambiciosas no setor de renováveis em países industrializados podem levar a um corte anual de entre 2-3% na intensidade das emissões nacionais na produção de eletricidade. 

O potencial nos países menos desenvolvidos também é grande, sendo que o Marrocos conseguiu cortes anuais de 4% nos últimos anos.



As análises mostraram que os instrumentos de mercado mais populares no setor de renováveis em países industrializados são as tarifas feed-in (alimentação da rede) e contratos de compra. 

Já nas nações em desenvolvimento, investimentos feitos pelo setor público continuam sendo a principal forma de incremento na geração de fontes renováveis devido à ausência de ambientes atrativos para o setor privado. Essa continua sendo uma barreira elementar para o desenvolvimento do setor nesses países, afirma a publicação. 

No geral, entre as principais barreiras encontradas para o avanço das boas práticas no uso de energias renováveis estão a má qualidade e insuficiência de infraestrutura das redes de transmissão e questões regulatórias ao redor do mundo.

Automóveis

Impulsionados pelos compromissos de cortar emissões, mas também pelo aumento da demanda dos consumidores, os instrumentos políticos voltados para veículos leves também apresentam um bom potencial de redução na liberação do CO2, podendo alcançar 0,6 Gt anualmente, aponta o relatório. 

Além de reverter a tendência de crescimento nas emissões deste segmento, estes instrumentos significam também cortes no custo dos combustíveis, melhoria na qualidade do ar e diminuição da dependência de combustíveis importados. 

As boas práticas avaliadas pelo estudo preveem melhorias na eficiência dos combustíveis entre 4-7% anualmente entre 2015 e 2020, com a meta da União Europeia sendo a mais ambiciosa – 26,3 km/litro para veículos leves até 2020. 

As análises mostram que as práticas mais comuns são a determinação de padrões com mecanismos flexíveis para o seu cumprimento.

Outros setores

O relatório também avaliou o caso da Rússia, focando na geração de metano proveniente da produção de combustíveis fósseis. O país adotou uma política de corte na queima (flaring) relacionada à produção de petróleo e gás. 

As análises mostram que, se a política for atendida, em 2020 as emissões podem cair em mais de 80% em relação ao nível de 2010. 

Se os cinco principais países que mais realizam essa queima adotarem políticas similares, estima-se que cerca de 100 milhões de toneladas de CO2 equivalente podem deixar de ser emitidas em 2020.

Outro caso avaliado foi o das melhorias na eficiência de equipamentos elétricos, segmento bem explorado por muitos países através da adoção de padrões. Políticas de boas práticas na UE, Japão e Coreia do Sul apresentaram preferências por padrões e etiquetagem, com incentivos fiscais sendo aplicados como medidas de apoio.

Na UE, onde dados suficientes são encontrados, o relatório constatou que as medidas de boas práticas resultaram em ganhos de eficiência em cerca de 1,5% ao ano desde 2000. 

Porém, devido ao aumento no uso de equipamentos, a tendência das emissões ainda é de crescimento a uma taxa de 1% ao ano.


Garoto de 19 anos cria tecnologia que pode limpar os oceanos

Por Redação Olhar Digital


Um garoto holandês de apenas 19 anos desenvolveu um sistema capaz de separar e recolher boa parte do lixo que polui os oceanos. 

Seu nome é Boyan Slat e ele abriu uma campanha de financiamento colaborativo a fim de levantar, em 100 dias, os US$ 2 milhões necessários para tocar a ideia adiante - dos quais já conseguiu mais de 1/4.


Slat conta com uma equipe de mais de 100 pessoas, que o ajudaram a elaborar um estudo de 528 páginas para provar que seu sistema é viável. 

Trata-se de um combinado de barreiras flutuantes em forma de V que, ao serem ancoradas no fundo do mar, usariam seus 30 quilômetros de braços para coletar lixo a uma profundidade de até 3 metros.







A altura é ideal para não atrapalhar a vida marinha e o formato da engenhoca também, porque ela não usa redes e, portanto, é inofensiva para os animais. Segundo o relatório, seriam recolhidos 65 metros cúbicos de lixo por dia. Eles deveriam ser retirados a cada 45 dias com um navio.

A deficiência do sistema é que ele não coleta partículas minúsculas, que tenham menos de 0,1 mm. Mas como boa parte disso é gerado pela quebra de materiais maiores, estima-se que com o tempo a quantidade delas também diminua.

O dinheiro do financiamento cobriria a montagem e implementação da ideia, mas a manutenção seria paga com a reciclagem do material tirado da água.


Com: Business Week 

Arquiteto projeta escolas flutuantes sustentáveis para ajudar crianças em regiões com inundações frequentes

Para lidar com o problema de constantes inundações na região de Makoko, na Nigéria, o arquiteto Kunie Adeyemi, da NLE, projetou escolas sustentáveis e flutuantes que podem abrigar até 100 crianças cada uma e que funcionam independentemente de fenômenos naturais. 

A estrutura, que tem 10 metros de altura e três andares, é construída sobre uma base de 32 metros quadrados, que flutua em 256 tambores reaproveitados. Toda em madeira reutilizada, a escola conta com playground, área de lazer, salas de aula e espaços para aula ao ar livre.

Para não precisar depender da luz e da água que está disponível em terra firme, o arquiteto optou por implementar na escola flutuante painéis solares e um sistema para captar a água da chuva, que é filtrada e usada nos banheiros.

Com as escolas flutuantes, as crianças da região não ficam sem aulas mesmo em períodos de alagamento, podendo chegar até o local usando barcos. 

Com foco na sustentabilidade, as escolas flutuantes pensadas por Kunie Adeyemi custam menos do que aquelas construídas em terra firme.

Veja só essas imagens:


Escola flutuante
Escola flutuante
Escola flutuante
Escola flutuante
Escola flutuante
Escola flutuante
Escola flutuante
Escola flutuante
Escola flutuante
Escola flutuante
Escola flutuante
Escola flutuante
Escola flutuante
Todas as imagens © NLE