Levantamento realizado pela Comerc ESCO analisa o custo médio das soluções e seus respectivos paybacks, mostrando que a forma mais barata de reduzir os custos com energia é evitando o desperdício.
Produzir mais, utilizando menos recursos. Essa é a prerrogativa dos projetos de eficiência energética, que visam a utilização racional de energia elétrica e que vem ganhando cada vez mais espaço no Brasil.
Segundo a EPE – Empresa de Pesquisa Energética, o país ficou 14% mais eficiente energeticamente entre 2005 e 2018, mas segue sendo um dos que menos investe na modalidade: é o 13º do ranking mundial, com US﹩ 3,26 per capita, enquanto na Alemanha, no topo do ranking, o investimento é quase 100 vezes maior (US﹩ 318,49 per capita).
Um levantamento realizado pela Comerc ESCO, empresa de eficiência energética do grupo Comerc Energia, mostra que a forma mais barata de disponibilizar o próximo MWh na rede é deixando de consumi-lo – porém mantendo a produção -, substituindo os equipamentos atuais por opções mais eficientes, antes de construir uma nova usina para gerar esse novo MWh, independentemente da fonte.
Para chegar a essa conclusão, foi feita uma comparação entre os custos de implantação de projetos de geração de energia e os custos de implantação de projetos de eficiência energética em diversas aplicações.
Os resultados indicaram que ser mais eficiente e economizar energia é mais barato e vantajoso do que gerar energia no mesmo local de consumo.
“Ao analisar o custo da implantação das soluções de eficiência energética – seja ela de iluminação, ar comprimido ou refrigeração -, a economia proporcionada em MWh e o tempo de vida esperado para cada uma delas, sabemos qual seria o “custo” dessa energia. Ao se comparar esse valor com o custo da energia paga pelos consumidores, chegamos à economia proporcionada pelo projeto.
Ao analisar mais de 40 clientes de nossa carteira, pudemos comprovar que a economia gerada pela eficiência energética é maior do que a obtida por meio da geração de energia nova no mesmo local de consumo, ou seja, é fundamental ser mais eficiente antes de gerar a sua própria energia”, afirma Marcel Haratz, CEO da Comerc ESCO.
Apesar de a autogeração poder oferecer um bom custo-benefício, seja no Mercado Livre ou no Ambiente Regulado, se há desperdício de energia, parte da economia gerada é jogada fora.
Supondo que uma empresa consuma mensalmente 1000 MWh e, ao realizar um projeto de eficiência energética, identifique que 20% dessa energia é desperdiçada devido ao uso de equipamentos desgastados ou em mau funcionamento. Seu consumo, na realidade, é de 800 MWh/mês.
“Equipamentos desgastados ou de tecnologia ultrapassada consomem muito mais energia do que os modernos. Soma-se a isso os prejuízos causados pela troca constante de peças e por paradas não programadas para conserto desses equipamentos, por exemplo.
Substitui-los por equipamentos novos e em perfeito funcionamento resulta em maior produtividade, além da possibilidade de desenvolver um plano de manutenção preventiva e preditiva com monitoramento online”, comenta.
Para o CEO da Comerc ESCO, além da atratividade econômica, os projetos de eficiência energética oferecem mais sustentabilidade às operações. “Todos os projetos de eficiência energética reduzem as emissões de CO2, mitigando a pegada de carbono dos nossos clientes e contribuindo não só para a sustentabilidade do negócio, mas do meio ambiente.
Eficiência energética deve ser o primeiro passo para otimizar o consumo e os gastos com energia elétrica. Quando o consumidor reduz o desperdício, a economia é garantida – e, caso ele opte por uma solução de autogeração, como solar, haverá economia na implementação do projeto e no custo da energia, além dos benefícios da utilização de energia limpa e renovável.
Eficiência energética e geração de energia devem ser complementares” conclui Haratz.
No Brasil, o desperdício de energia é uma realidade com grandes impactos econômicos. Estima-se que, entre indústria e comércio, o país desperdice mais de 23TWh ao ano – o que representa 29% da geração de Itaipu em 2019.