Foco constante em empresas de grande porte e estatais, embora as empresas de pequeno e médio portes estejam cada vez mais publicando relatórios de forma voluntária
Pesquisa revela o aumento no número de países com políticas sobre a elaboração de relatórios de sustentabilidade
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Pesquisa revela o aumento no número de países com políticas sobre a elaboração de relatórios de sustentabilidade
À medida que aumentam as preocupações sobre as mudanças climáticas, os desafios ligados ao desenvolvimento sustentável e a desconfiança em relação ao mercado de capitais, cresce também a pressão sobre as organizações por maior transparência, aumentando a importância dos relatórios de sustentabilidade nas empresas.
Essa é uma das conclusões da 3ª edição do estudo “Carrots and Sticks”, realizado pela KPMG e que apresenta um panorama sobre o cenário regulatório em torno dos relatórios de sustentabilidade.
O relatório traz, dentre outras informações, alterações e mudanças em normas governamentais, iniciativas no mercado de capitais, além de identificar 180 medidas de caráter voluntário ou mandatório para a adequação de 45 países/regiões que desejam divulgar seu desempenho organizacional.
“Diante do cenário apresentado, é possível afirmar que a tendência é que mais governos emitam políticas sobre a elaboração de relatórios de sustentabilidade. Enquanto as organizações que publicam esse tipo de relatório expressam suas preocupações em relação às diversas estruturas conceituais que elas podem utilizar ou às quais elas precisam obedecer, surgirá uma demanda cada vez maior pelo alinhamento e pela harmonização de tais estruturas”, comenta Ricardo Zibas, diretor da área de Sustentabilidade da KPMG no Brasil.
Principais tendências detectadas
O levantamento identificou diversas tendências no universo dos relatórios de sustentabilidade, dentre elas:
• Aumento no número de países com políticas sobre a elaboração de relatórios de sustentabilidade;
• Foco constante em empresas de grande porte e estatais, embora as empresas de pequeno e médio portes estejam cada vez mais publicando relatórios de forma voluntária;
• O relatório de sustentabilidade tornou-se uma das exigências de lançamento de ações em diversas bolsas de valores em países não membros da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).
“As recomendações para o uso da estrutura de GRI (Global Reporting Initiative) continuam a aumentar, e paralelamente estão surgindo diversas novas iniciativas e ferramentas de elaboração de relatório”, destaca Zibas.
Possíveis cenários futuros
Dentre outras previsões de mercado, a análise das certificações da política e regulamentação dos índices de sustentabilidade permite prever como as empresas reagirão ao elaborar e divulgar seus relatórios futuramente.
Um número maior de países desenvolverá políticas para a elaboração de relatórios de sustentabilidade, que deverão focar mais as informações que realmente importam para elas e para as suas partes interessadas (como dados sobre suas cadeias de suprimento e de valor, por exemplo).
Nos países em desenvolvimento as práticas e políticas de sustentabilidade aumentarão, uma vez que esses países estão entendendo cada vez mais o valor agregado da transparência e da sustentabilidade corporativas. Por sua vez, as grandes economias irão desenvolver suas próprias estruturas conceituais, o que não as impedirão de vincularem-se a outras estruturas internacionais já formalizadas.
“O resultado junto ao mercado é positivo, considerando a importância de se criarem condições de igualdade para as empresas operarem, bem como o progresso que tais medidas tendem a gerar – tanto em termos de transparência, quanto à excelência no desempenho propriamente dito”, analisa Zibas.